O caos, segundo o filósofo grego Platão, é o estado
de desordem dos elementos que vigora antes que Demiurgo, organizador do
universo, ponha ordem na matéria caótica. Mas sem criar a realidade. Neste
instante, essa definição faz um grande sentido, considerando a desordem de
sentimentos, conceitos e realidade a que estamos submetidos. Nada faz sentido,
ou melhor os sentidos mudaram, estão em reorganização. Em determinados momentos
parece que o organizador do universo desistiu, foi vencido pelo caos e,
portanto, o caos é o novo normal.
Não precisamos ficar presos a um “porto de ilusões”, trocando a verdade pelo prazer de estar em paz. Como aborda o filósofo alemão Nietzsche em seus trabalhos sobre o "sonhar contemporâneo". Mas, com o intuito de resguardar a sanidade do pensamento, podemos, de forma crítica, buscar no sonho da memória, alento para essa realidade liberal antiutópica, altamente entorpecente, que se apresenta.
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